Roberto

Ano-novo. O céu era verde como minha vontade de ser alguém melhor, como a minha vontade de fumar maconha, como a minha vontade de ir ao banheiro... Depois me dei conta de que estava de bruço com a cara enfiada em outra coisa... Que saco! Levantei-me. Pus qualquer roupa que me caía de qualquer jeito. Desci. Abri. A. porta. E finalmente consegui sair entre entonaçoes ascendentes de palavras desconhecidas. Que sol do caramba! Olhei para trás e o Absurdo era a minha própria casa, como um pedaço de caos incrustado no branco. Que coisa... Agora estou ficando dramático. Fui para o serviço. Nao tinha serviço. E agora, José? Se voce morresse... Mas voce nao morre, voce é duro, José! Queria escrever um poema. Sentei-me de frente para o predio onde trabalhava. Acho que passei o dia todo lá.

0 comentários:

 
Layout feito por Adália Sá | Não retire os créditos