Roberto

Via aquela notícia sobre o assassino que já era eu mesmo entrando naquela escola sacando meu diafragma em duas armas narrando a santíssima trindade entre gritos e tiros hexâmetros blindado de loucura e vazio metendo bala nas cabeças daqueles bezerros perdidos no mundo entre dois abismos... Uma das balas pegou bem no meio da testa de Adelaide que explodiu na parede em vermelho vivo como ela jamais fora e outra bala pegou no pé da Soraia que tentava fugir negra e pesadamente escada afora aumentando o meu asco e a minha raiva que gritou-lhe mais dois tiros que a fizeram emborcar enrolando para si mesma os segundos e então, quando parei para recarregar minha arma, dei-me com Patrícia abrindo umas das portas das salas nossos olhares cruzando-se e entrelaçando-se... "Pode ir, tranquilo, gordinho, eu não vou fazer nada com você, não" e ela corria suavemente esparcindo o aroma daquela melancolia tão característica, dando-me o sinal de que eu fazia tudo certo...

Aí já era hora de tomar uma coca-cola abra a felicidade você também, comprar um carro a bravura está de volta e morar em casas sem muros o banco que acredita nas pessoas...